Baile do Quarentão, Ceilândia (DF), década de 1980. Inesperada ação da tropa de choque. Um dos policiais grita: “branco sai, preto fica!”, demonstrando claramente que para a polícia existem culpados a priori. Com cor de pele e classe social bem definidas. O longa-metragem Branco sai, preto fica, produzido em 2014, dirigido por Adirley Queirós, é... Continuar Lendo →
UM PÉ DE PAPO – ENTREVISTA COM RICARDO LABUTO GONDIM – Eduardo Selga
Certa vez, convidado para mediar um colóquio com um escritor capixaba na Biblioteca Pública do Espírito Santo, perguntei-lhe que utilidade ele via na Literatura. Lógico, questão meramente retórica, com o intuito de adentrar outras questões relativas ao tema. E eu me lembro de boa parte da plateia ter ficado surpresa com a pergunta, bola levantada... Continuar Lendo →
NEGRINHA MOQUEADA, AS SUTILEZAS DE MONTEIRO LOBATO – Eduardo Selga
A controvérsia envolvendo o possível racismo na obra de Monteiro Lobato, hoje um tanto silenciada pela discriminação racial nossa de cada dia ser gritante e mais contundente que a ficção, não ocorre por uma casualidade. Há elementos na narrativa do escritor pré-modernista que admitem a desconfiança de que ele é partícipe do preconceito muitas vezes... Continuar Lendo →
“GOTA D’ÁGUA”: ALMA PARTIDA, ALMA SEQUESTRADA – Eduardo Selga
Quem se interessa minimamente pela história do Brasil conhece a máxima baseada na semântica e na ideologia: ele não foi descoberto, e sim achado (e que achado!), evidenciando o pressuposto de que já se sabia de sua existência, mas não precisamente onde se localizava. Achar, porém, ainda é pouco para entender a gênese do futuro... Continuar Lendo →
O CRIME, O CAIS, O CARMA – Eduardo Selga
“Eu Não Sou Daqui”. Por coincidência, essa incômoda sensação que tenho acerca de mim mesmo é o título de um dos capítulos de O crime do Cais do Valongo (2018), segundo romance escrito por Eliana Alves Cruz, cuja ambientação ocorre em dois espaços de lembrança: o primeiro, estrangeiro, constituído da África — de onde foi... Continuar Lendo →